Sei que provavelmente vocês poderão pensar que este post já veio um pouco tarde, eu sei, mas eu entretanto estive ocupada com os meus compromissos académicos, e, a meu ver, até foi bom, pois permitiu-me recolher depoimentos de colegas que me acompanharam na viagem, e deu-me tempo de tentar estruturar da melhor forma este post.

 

Para quem não sabe, eu em março estive numa viagem de 5 dias entre a Bélgica e a Holanda, como tive oportunidade de falar-vos nesta tag. Acontece que algumas coisas passaram-me completamente ao lado e não foram contempladas nesses mesmos posts. Então, e para cada país, vou fazer uma espécie de apanhado de coisas interessantes sobre cada um – nada de história, pois isso vocês poderão facilmente pesquisar, falo-vos mais concretamente de alguns aspectos que certamente irão reparar quando visitarem estes países. Sendo assim, começo-vos pela Bélgica, que foi o primeiro país a visitar.

Aeroporto de Bruxelas

Ainda mal sabíamos andar em pé após duas horas de viagem, quando vimos logo as primeiras notórias diferenças. Em pleno aeroporto, encontrámos logo três diferenças: a primeira é o surrealismo – não se admirem se, em pleno jardim da autoestrada, existirem estátuas semelhantes à da primeira imagem, é algo bastante comum e que irá acontecer com alguma frequência; a segunda é o Maneken-pis, que para quem não sabe, está para a Bélgica assim como o nosso Galo de Barcelos está para nós portugueses, ou seja, um dos muitos símbolos do país, que se encontra praticamente representado em todos os recantos; o terceiro foram os caixotes do lixo – pelo que percebemos, e como a imagem poderá comprovar, o amarelo lá equivale ao papel, o azul ao plástico e o cinzento aos indeferenciados. 

 

Nas muitas vezes em que andei no autocarro que estava destinado à nossa grupeta de 60 pessoas, reparei que é muito comum naquele país, a par da auto-estrada, bem como nas principais ruas do país, haver uma ciclovia destinada aos ciclistas, mostrando assim que os belgas são uma população bastante ativa.

 

Andando por Bruges, Antuérpia e por Bruxelas, apercebi-me que afinal existe mais do que uma língua falada naquele país: a Norte, na região de Bruges (capital da Flandres e aka Veneza do Norte), fala-se o holandês; a Sul o francês; na capital, Bruxelas, neerlandês (holandês) e francês; e ainda numa pequena região a leste, alemão.

 

Se porventura visitar Antuérpia, não estranhe se vir imensas placas relacionadas com jóias e diamantes na Central Station – esta região é conhecida precisamente pela arte da joalharia. 

A cerveja é a bebida rei dos belgas (e não só), aliás, e segundo a guia que nos fez a visita a Bruxelas, estimam-se que existiam cerca de 800 tipos de cerveja! Portanto, variedade não falta, é só escolher.

 

Outra “iguaria” que faz a delícia de qualquer um, é o chocolate – junto à Grand Place (e mesmo nela) poderá encontrar uma rua destinada somente às maiores chocolateiras do mundo, destacando-se inúmeras marcas como a Godiva e Leonidas. Sinceramente eu comprei um sortido de 14 chocolates da Godiva, o “mais barato” por sinal – que me custaram 16,50€ – e, sinceramente, além de caros, não valeram muito a pena. Conseguimos encontrar chocolates pelas nossas terras com mais potencial e a preços mais acessíveis para nós. Ah, ia-me esquecendo: ainda dentro da doçaria, não deixe de experimentar um bom waffle – poderá encontrá-lo com tudo: com chocolate, com açúcar, com chantilly, com frutas… É uma questão de apetites!

 

Antes de partir para a sobremesa, se quiser experimentar pratos típicos, arrisque no Moules Frites (mexilhões com batatas fritas). Não tive a oportunidade (€€€) de experimentar, mas pelo que dizem, é bom. Aliás, uma outra curiosidade é que a batata frita é a rainha lá naquelas terras – verá inúmeras lojas dedicadas à iguaria, que apresentam uma diversidade brutalesca de molhos para as acompanhar.

 

Em termos de preços… Bem, isso aí já complica um pouco. Para começar, fui numa altura maravilhosa de Carnaval, para não falar que todos os dias saíamos todos às 08h da manhã do hotel, para aproveitar bem os dias, ou seja, além de ir numa época em que corria maiores riscos de os estabelecimentos estarem fechados, o horário em que saía do hotel era uma treta – ainda por cima tinha um Lidl mesmo a cinco metros!!! Ou seja, e quero eu dizer com isto que tínhamos de aproveitar as nossas passeatas após o jantar para procurarmos mini lojinhas de indianos para nos abastecer de garrafas de água (de sabor horrível!!). Eu como mulher que gosto de grandes medidas, trouxe comigo uma garrafa de 1,5L, que custou os “módicos” 1,50€, coisa pouca, portanto. Se for amante de café como eu, esqueça-os durante estas viagens à Bélgica – chegam a preços que oscilam entre os 2,50€ e 3€

 

Depois, e como os almoços não estavam incluídos no nosso regime (meia pensão), tínhamos de almoçar onde calhasse. Ora como nós somos adolescentes, tudo o que for acima de 15€ consideramos uma pequena fortuna. Portanto, e na falta de melhor, restava-nos o fast food. Posso adiantar que o mesmo menu que se come em Portugal no Mc Donald’s (falo-vos concretamente do Big Mac) por 5€ ou 5,50€ (já não como cá no Mc há pelo menos ano e meio), em Bruxelas poderemos degustar pela quantia de 7,95€. Sim, mais 2,45€/2,95€ do que cá. Ainda numa de comparações, na mesma cadeia de fast food, um McFlury, que se encontra em variedades fora do nosso comum, como é o caso do McFlury de Mars (maravilhoso, garanto-vos), podemos saboreá-lo por 2,95€. Portanto, tenha atenção e tente sempre levar consigo o máximo de bolachas empacotadas que puder ou de sandes com panados (a minha salvação) consigo. Ah, e tenha também atenção ao que as funcionárias do estabelecimento dizem, pois poderá não perceber à primeira o seu inglês afrancesado.